Consorciação de taro e crotalária manejada com corte rente ao solo e poda na altura do dossel
Palabras clave:
Colocasia esculenta, Crotalaria juncea, consórcio, adubação verde, cobertura de soloResumen
A associação de culturas com leguminosas de adubação verde visa à manutenção ou melhorias da fertilidade dosolo. Com o objetivo de avaliar a consorciação do taro ‘Japonês’ com crotalária, foram conduzidos dois experimentos,
em Viçosa, MG, no período de 10/09/2010 a 10/06/2011. No Experimento I, as plantas de crotalária foram
cortadas rente ao solo e, no Experimento II, podadas à altura do dossel do taro; em ambos, os tratamentos consistiram
em seis épocas de corte ou poda da crotalária (75; 105; 135; 165; 195 e 225 dias após a semeadura da crotalária
- DAS), mais a monocultura do taro. As partes cortadas ou podadas foram depositadas sobre o solo e determinaramse
as quantidades de fitomassa e de nutrientes da crotalária. Na colheita do taro, avaliaram-se a produção de classes
de rizomas e as alterações químicas do solo. Os cortes realizados após 105 DAS proporcionaram menor produção
em massa de rizomas-mães e, em número, por planta, de rizomas-filhos grandes e comerciais, em comparação com
os do controle. Comportamento semelhante foi observado para experimento com poda à altura do dossel. Os cortes
ou podas realizados aos 135 e 165 DAS foram os que apresentaram maiores quantidades de fitomassas fresca e seca
de crotalária, de carbono orgânico e de nutrientes. Aos 165 DAS, o aporte de N ao solo pela crotalária cortada
chegou a 308 kg ha-1 e, pela crotalária podada, a 202 kg ha-1. A associação entre crotalária e taro é viável, sendo
indicada a manutenção da consorciação até aos 105 DAS da crotalária.
Citas
Costa CHM, Crusciol CAC, Soratto RP, Neto JF (2014) Persistência e liberação de elementos da fitomassa do consórcio crotalária com milheto sob fragmentação. Revista Ciência Agronômica, 45:197-208.
Diniz ER (2011) Efeitos de doses de adubo verde em cultivos sucessivos de brócolis, abobrinha e milho. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa. 92 p. Tese doutorado.
EMBRAPA (2010) < http://www.embrapa.br/embrapa/imprensa/artigos/2006/artigo. 2006-10-24.2094779241> 18 de Fev. 2010.
FAO (2013) FAO statistical database. < htpp//www.fao.org/ > 03 Dez. 2013.
Gondim ARO, Puiatti M, Cecon PR, Finger F (2007) Crescimento, partição de fotoassimilados e produção de rizomas em taro cultivado sob sombreamento artificial. Horticultura Brasileira, 25:418-428.
Gondim ARO, Puiatti M, Ventrella MC, Cecon PR (2008) Plasticidade anatômica da folha de taro cultivado sob diferentes condições de sombreamento. Bragantia, 67:1037-1045.
Heredia Zárate NA, Vieira MC, Oliveira ACP, Lima AA (2005) Produção e renda bruta de dois cultivares de taro, em cultivo solteiro e consorciado com alface. Semina: Ciências Agrárias, 26:283-290.
Heredia Zárate NA, Vieira MC, Oliveira ACP, Lima AA (2012) Produção agroeconômica de taro em função do número de amontoas. Semina: Ciências Agrárias, 33:1673-1680.
Oliveira FL, Guerra JGM, Junqueira RM, Silva EE, Oliveira FF, Espindola JAA, Almeida DL, Ribeiro RLD, Urquiaga S (2006) Crescimento e produtividade do inhame cultivado entre faixas de guandu em sistema orgânico. Horticultura Brasileira, 24:53-58.
Oliveira FL, Ribeiro RLD, Silva VV, Guerra JGM, Almeida DL (2004) Desempenho do inhame (taro) em plantio direto e no consórcio com crotalária, sob manejo orgânico. Horticultura Brasileira, 22:638-641.
Perin A, Santos RHS, Urquiaga S, Guerra JGM, Cecon PR (2004) Produção de fitomassa, acúmulo de nutrientes e fixação biológica de nitrogênio por adubos verdes em cultivo isolado e consorciado. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 39:35-40.
Puiatti M, Fávero C, Finger FL, Gomes JM (2000) Crescimento e produtividade de inhame e de milho doce em cultivo associado. Horticultura Brasileira, 18:24-30.
Puiatti M, Greeman S, Katsumoto R, Fávero C (1992) Crescimento e absorção de macronutrientes pelo inhame ‘Chinês’ e ‘Japonês’. Horticultura Brasileira, 10:89-92.
Puiatti M & Pereira FHF (2007) Taro [Colocasia esculenta (L.) Schott]. In: Paula Júnior, T.J.; Venzon, M. (Org.). 101 Culturas: Manual de Tecnologias Agrícolas. 1ª ed. Belo Horizonte: EPAMIG, p.729-734.
SAEG (2007) Sistema para Análises Estatísticas, Versão 9.1: Fundação Arthur Bernardes - UFV - Viçosa.
Souza JL & Guimarães GP (2013) Rendimento de massa de adubos verdes e o impacto na fertilidade do solo em sucessão de cultivos orgânicos. Bioscience Journal, 29:1796-1805.
Vandermeer JH (1989) The ecology of intercropping. Cambridge: Cambridge University Press. 237p.
Vargas TO (2009) Contribuição da raiz e da parte aérea de duas leguminosas de adubação verde na produção do repolho. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 75 p. Dissertação Mestrado.