Estrutura de uma floresta tropical dez anos após exploração de madeira em Moju, Pará
Palavras-chave:
Amazônia, Manejo florestal, Fitossociologia, Monitoramento, Dinâmica florestalResumo
Estudos das alterações florísticas e estruturais em áreas de exploração florestal permitem avaliar os impactos e
fornecem informações básicas para o manejo florestal racional. Nesse contexto, as dinâmicas florística e estrutural
foram avaliadas em uma floresta tropical, dez anos após sua exploração madeireira. O experimento foi executado em 200
ha do Campo Experimental da Embrapa Amazônia Oriental, em Moju, PA, onde foi feita a exploração madeireira. No
entorno de nove clareiras selecionadas foram instaladas faixas de 10 m x 50 m, divididas em parcelas quadradas de 10
m de lado (1 a 5), onde foram inventariadas as plantas com DAP > 5 cm. Nas parcelas 1, 3 e 5 e no centro da clareira foram
instaladas subparcelas de 2 m x 2 m, onde foram medidos os indivíduos com altura < 10 cm e DAP < 5 cm. O monitoramento
da floresta abrangeu um período de nove anos e meio, entre março de 1998 e outubro de 2007. A análise estrutural foi
feita com base nos parâmetros de abundância, frequência, dominância, regeneração natural, posição sociológica e
índice de valor de importância ampliado (IVIA), sendo comparadas as estruturas da floresta dos anos de 2007 e 1998.
Dez anos após a exploração, a alta heterogeneidade foi mantida e aumentou no povoamento mais jovem, graças ao
ingresso de espécies com forte demanda por luz. Entretanto, a composição florística e a estrutura da floresta manejada
ainda mostram grande importância de espécies que, em florestas não perturbadas, não teriam grande expressão em
termos de IVIA.