Porta-enxertos para tomateiro conduzido com quatro hastes

Autores

  • Rafaelle Fazzi Gomes Universidade Estadual Paulista, Câmpus Jaboticabal
  • Renata Castoldi Universidade Estadual de Minas Gerais, Câmpus Passos Professora
  • Danilo Mesquita Melo Universidade Federal Rural da Amazônia Professor Assistente
  • Leila Trevisan Braz Universidade Estadual Paulista, Câmpus Jaboticabal Professora Adjunta
  • Durvalina Maria Mathias dos Santos Universidade Estadual Paulista, Câmpus Jaboticabal

Palavras-chave:

Solanum lycopersicum L., enxertia, fibra da casca de coco, cultivo protegido, número de hastes.

Resumo

Uma das formas de melhoria da qualidade e da produção do tomateiro é a adoção de técnicas adequadas de manejo
da cultura, destacando-se o uso da enxertia e o método de condução das plantas. Contudo, no Brasil, há falta de
informações que estimulem essas práticas. Por isso, este trabalho teve por objetivo avaliar o desempenho de portaenxertos
para tomateiro, com vigoroso sistema radicular, conduzido com quatro hastes, em fibra da casca de coco, em
ambiente protegido. Adotou-se o espaçamento de 2,0 m entrelinhas e 0,40 m entre plantas. Para isso, foi utilizado o
delineamento em blocos casualizados, com quatro tratamentos e seis repetições, sendo, os tratamentos, dois portaenxertos
(‘Maxifort’ e ‘Multifort’), autoenxertia (‘Alambra’ em ‘Alambra’), e o pé franco (‘Alambra’). Cada parcela foi
constituída de 20 plantas, sendo avaliadas as 14 plantas centrais. Não houve efeito significativo no uso dos portaenxertos
sobre as características de produção e de qualidade dos frutos. Na avaliação do estado nutricional, houve
diferenças para os teores de P, Mg e Ca em plantas enxertadas. Portanto, os porta-enxertos ‘Maxifort’ e ‘Multifort’,
cultivados nas condições em que o experimento foi realizado, não proporcionaram aumento da produção e da qualidade
dos frutos.

Biografia do Autor

Rafaelle Fazzi Gomes, Universidade Estadual Paulista, Câmpus Jaboticabal

Engenheira-agrônoma. Mestra. Departamento de Produção Vegetal

Referências

AMAFIBRA Fibras e substratos agrícolas da Amazônia LTDA. s.d. Fibra de coco. Disponível em www.amafibra.com.br. Acessado em 20 de janeiro de 2014.

Barbosa JC Maldonado JRW (2011) AgroEstat - Sistema para Análises Estatísticas de Ensaios Agronômicos. Versão 1.1.0.694.

Bataglia OC Furlani AMC Teixeira JPF Furlani PR Gallo JR (1983) Métodos de análise química de plantas. Campinas: Instituto Agronômico, 48 p. (Boletim Técnico, 78).

Cardoso SC Soares ACF Brito AS Carvalho LA Ledo CAS (2006a) Viabilidade de uso do híbrido Hawaii 7996 como porta-enxerto de cultivares comerciais de tomate. Bragantia, 65 (1):89-96.

Cardoso SC Soares ACF Brito AS Carvalho LA Peixoto CC Pereira ME Goes E (2006b) Qualidade de frutos de tomateiro com e sem enxertia. Bragantia, 65(2):269-274.

Carvalho LA & Tessarioli Neto J (2005) Produtividade de tomate em ambiente protegido, em função do espaçamento e número de ramos por planta. Horticultura Brasileira, 23(4): 986-989.

Castellane PD & Araújo JAC (1994) Cultivo sem solo: Hidroponia. Jaboticabal: FUNEP, 43 p.

Charlo HCO Souza SC Castoldi R Braz LT (2009) Desempenho e qualidade de frutos de tomateiro em cultivo protegido com diferentes números de hastes. Horticultura Brasileira, 27: 144-149.

Chitarra MIF & Chitarra AB (2005) Pós-colheita de frutos e hortaliças: fisiologia e manuseio. 2. ed. rev. e ampl. Lavras: UFLA, 785 p.

CLAUSE TEZIER. Disponível em: http://www.clausetezier.com. Acessado em 29 de março de 2013.

FAO. 2013. Disponível em: http://faostat.fao.org/site/339/default.aspx. Acessado em 05 de abril de 2013.

Filgueira FAR (1982) Cultura e comercialização de hortaliças. 2. ed. São Paulo, 50p.

Flores FB Sánchez-Bel P Estan MT Martinez-Rodriguez MM Moyano E Morales B Campos JF Garcia-Abellán JO Egea MI Férnandez-Garcia N Romojaro F Bolarín MC (2010) The effectiveness of grafting to improve tomato fruit quality. Scientia Horticulturae, 125: 211–217.

Gruda N (2009) Do soilless culture systems have an influence on product quality of vegetables? Journal Applied Botany Food Quality, 82:141–147.

He Y Zhu Z Yang J Ni X Zhu B (2009) Grafting increases the salt tolerance of tomato by improvement of photosynthesis and enhancement of antioxidant enzymes activity. Environmental and Experimental Botany, 66:270–278.

Lee JM & Oda M (2003) Grafting of herbaceous vegetable and ornamental crops. Horticultural review, 28: 61–124.

Loos RA Caliman FRB Silva DJH (2009) Enxertia, produção e qualidade de tomateiros cultivados em ambiente protegido. Ciência Rural, 39(1): 232-253, 2009.

Lopes MC (2000) Influência do estádio das mudas e de dois porta-enxertos no desenvolvimento do tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill), híbrido Momotaro. 2000. Tese de doutorado. Faculdade de Ciências Agrárias/UNESP, Botucatu, 89p.

Louws FJ Rivard CL Kubota C (2010) Grafting fruiting vegetables to manage soilborne pathogens, foliar pathogens, arthropods and weeds. Scientia Horticulturae, 127: 127-146.

Malavolta E Vitti GC Oliveira SA (1997) Avaliação do estado nutricional das plantas: princípios e aplicações. 2. ed. Piracicaba, 319 p.

Marim BG Silva DJH Guimarães MA Belfort G (2005) Sistemas de tutoramento e condução do tomateiro visando produção de frutos para consumo in natura. Horticultura Brasileira, 23(4): 951-955.

Marschner H (1995) Mineral nutrition of higher plants. London, Academic Press, 889p.

Martínez-Ballesta CM Alcaraz-López C Muries B Mota-Cadenas C Carvajal M (2010) Physiological aspects of rootstock scion interactions. Scientia Horticulturae, 127(2):112-118.

Matos ES Shirahige FH Melo PCT (2012) Desempenho de híbridos de tomate de crescimento indeterminado em função de sistemas de condução de plantas. Horticultura Brasileira, 30(2):240-245.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPA. Normas de identificação, qualidade, acondicionamento, embalagem e apresentação do tomate - Portaria Nº 85, publicada no Diário Oficial da União de 18/03/2002.

Oliveira VR Campos JP Fontes PCR Reis FP (1995) Efeito do número de hastes por planta e poda apical na produção classificada de frutos de tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill.). Ciência e Prática, 19(4): 414-419.

Peil RMN Gálvez JL (1999) Cultivo del tomate con la técnica de la lámina de nutrientes (NFT) en el sudeste español. In: 1º Congreso panameño, y Congreso Iberoamericano de aplicación de los materiales plásticos en la agricultura, Madri, Anales, CEPLA (Comité Español de Plásticos en la Agricultura), p. 124-139.

Poerschke PRC Buriol GA Streck NA Estefanel V (1995) Efeito de sistemas de poda sobre o rendimento do tomateiro cultivado em estufa de polietileno. Ciência Rural, 25(3):379-384.

RUITER SEEDS. 2013. Disponível em http://www.es.deruiterseeds.com/Products. Acessado em 15 de abril de 2013.

Schwarz D Öztekin GB Tuzel Y Bruckner B Krumbein A (2012) Rootstocks can enhance tomato growth and quality characteristics at low potassium supply. Scientia Horticulturae, 149: 70-79.

Silva DJH Sediyama MAN Mata AC Rocha DM Picanço MC (1997) Produção de frutos de tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill) em quatro sistemas de cultivo. Revista Ceres, 44(252):129-141.

Streck NA Buriol GA Andriolo JL Sandri MA (1998) Influência da densidade de plantas e da poda apical drástica na produtividade do tomateiro em estufa de plástico. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 33(7):1105-1112.

Tomaz MA Silva SR Sakiyama NS Martinez HEP (2000) Eficiência de absorção, translocação e uso de cálcio, magnésio e enxofre por mudas enxertadas de Coffea arábica. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 27: 885-892.

Downloads

Publicado

2017-05-05

Como Citar

Gomes, R. F., Castoldi, R., Melo, D. M., Braz, L. T., & Santos, D. M. M. dos. (2017). Porta-enxertos para tomateiro conduzido com quatro hastes. Revista Ceres, 64(2). Recuperado de https://ojs.ceres.ufv.br/ceres/article/view/1649

Edição

Seção

PRODUÇÃO VEGETAL

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)