INTERFERÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO ALGODÃO / WEED INTERFERENCE IN COTTON CULTURE
Abstract
Com o objetivo de determinar o período em que a cultura do algodoeiro, no plantio convencional, pode conviver com as plantas daninhas, antes que a interferência ocorra de maneira definitiva e reduza significativamente a produtividade da lavoura, instalou-se um experimento no município de Viçosa, MG, em solo argiloso, no período de novembro/1998 a junho/1999.0 delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições e sete tratamentos (testemunhas sem ou com convivência durante todo o ciclo, 15, 30, 45, 60 e 75 dias com convivência e depois mantido "no limpo" até a colheita). As parcelas foram constituídas de seis fileiras com 4,0 m de comprimento, espaçadas de 0,9 m, com cinco plantas por metro. A biomassa seca do total de plantas daninhas (principalmente de Cyperus rotundus, Rhaphanus rhaphanistrum, Digitaria horizontalis e Brachiaria plantaginea) ajustou-se a um modelo linear nos período s de interferência de 15 a 75 dias, com acúmulo aproximado de 7,30 g m'Z dia1. Comparando os tratamentos com e sem interferência das plantas daninhas, observou-se que a interferência durante todo o ciclo de vida do algodoeiro aumentou o número médio de nós até a inserção do primeiro ramo frutífero, o número de dias para a antese e para a abertura de tapulho, e reduziu o número médio rye maçãs e a altura média das plantas. A interferência de plantas daninhas por todo o ciclo do algodoeiro reduziu a produtividade de algodão em caroço em 94,5%. 0 período anterior à interferência, considerando perda áíe 5% na produtividade, foi de 16 dias após a emergência da cultura.