Auto-enxerto de crista ilíaca associado à medula óssea autógena fresca na união vertebral dorsolateral lombar em coelhos
Resumo
Este estudo avaliou a associação do auto-enxerto da crista ilíaca à medula óssea autógena fresca na artródese dorsolateral das vértebras lombares L5-L6 em 36 coelhos, distribuídos em dois grupos. No Grupo 1 (G1), constituído de 12 coelhos, os processos transversos das vértebras lombares foram submetidos à descorticação bilateral. No Grupo 2 (G2), foram depositados sobre o processo transverso descorticado de 24 coelhos cerca de 2 g de auto-enxerto de crista ilíaca, associados a 2 ml de medula óssea fresca. Quatro animais do G1 e oito do G2 foram sacrificados às cinco, sete e nove semanas após o procedimento cirúrgico, permitindo a realização de análises por palpação, radiografias e histologia. Em quatro animais do G2, a cada semana de sacrifício, realizaram-se também testes biomecânicos no segmento operado. Nos animais do GI o segmento operado apresentou mobilidade normal até a nona semana após a cirurgia, apresentando aos raios X e à análise histológica reação periosteal moderada nos processos transversos descorticados, sem evidências de formação óssea. No G2, desde as cinco semanas o segmento operado de todos os animais apresentava-se sólido à palpação. Radiograficamente, a formação de ponte óssea evoluiu com as semanas de tratamento até atingir 75% dos animais operados às nove semanas. Microscopicamente, houve precocidade na formação endocondral, observada desde a quinta semana após a cirurgia O teste biomecânico demonstrou que as vértebras tratadas apresentaram diferença significativa entre a força ao ponto de ruptura e a força ao limite de elasticidade, quando comparadas com as vértebras adjacentes. Contudo, não houve diferença entre as semanas. A medula óssea autógena fresca constitui uma opção para o aumento nas taxas de união, favorecendo formação óssea precoce e aumento da quantidade de osso formado.
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