Frequência e distribuição de Helicobacter spp. na mucosa gástrica de cães

Autores

  • FERNANDA DE TOLEDO VIEIRA UVV
  • João Carlos Pereira da Silva
  • Marlene Izabel Vargas Viloria
  • Marcel de Toledo Vieira
  • Carlos Eduardo Real Pereira

Resumo

A associação das helicobacterias com doença gástrica em humanos e em alguns animais domésticos e selvagens sugere a participação dessas na patogênese da gastrite em cães. Neste artigo procurou-se verificar a presença de Helicobacter spp. na mucosa gástrica de cães e avaliar sua associação com os achados macro e microscópicos, considerando a idade. Coletaram-se amostras das regiões cárdica, fúndica, do corpo e pilórica dos estômagos de 60 cães para a realização de exame histopatológico, utilizando-se as colorações pela hematoxilina-eosina (HE) e carbolfucsina (CF). Tais exames revelaram Helicobacter spp. em 96,7% dos animais, sendo observados infiltrados inflamató- rios, predominantemente mononucleares (100%), hiperplasia de nódulos linfoides (98,3%), erosões/ulcerações (6,7%), hemorragia (5%) e hiperemia (95%) em amostras coradas por HE. Não houve correlação da infecção por helicobacter spp. com a idade do animal e da idade com alterações inflamatórias na presença da bactéria. As amostras das regiões do corpo e pilórica apresentaram maior presença de bactérias a histopatologia (CF) (ambos 95%), em seguida vindo as regiões fúndica (91,7%) e cárdica (56,7%). Houve correlação do número de Helicobacter spp. com o de células inflamatórias e nódulos linfoides nessas regiões, sugerindo que as bactérias encontradas na mucosa gástrica dos cães poderiam ser responsáveis pelas alterações que caracterizam a gastrite.

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Publicado

2015-05-04

Como Citar

VIEIRA, F. D. T., Pereira da Silva, J. C., Vargas Viloria, M. I., Vieira, M. de T., & Real Pereira, C. E. (2015). Frequência e distribuição de Helicobacter spp. na mucosa gástrica de cães. Ceres, 59(1). Recuperado de https://ojs.ceres.ufv.br/ceres/article/view/3686

Edição

Seção

CLINICA MÉDICA E CIRÚRGICA ANIMAL