Perfil socioeconômico dos produtores de café orgânico do norte do estado do Espírito Santo - satisfação com a atividade e razões de adesão à certificação
Abstract
O cultivo de café orgânico é crescente no Estado do Espírito Santo, embora haja carência de informações sobre esta atividade. O objetivo deste trabalho foi então descrever o perfil socioeconômico dos cafeicultores orgânicos do norte desse estado. Aplicou-se um questionário socioeconômico a vinte e nove agricultores da região, no período de dezembro de 2003 a janeiro de 2004. Com as informações registradas, foi estimado um modelo capaz de explicar as escolhas dos agricultores, no que diz respeito à decisão, de aderir à certificação do café e à perspectiva de expandir a área cultivada, utilizando o Índice de Herfindahl. A maioria dos agricultores iniciou a atividade orgânica devido preocupação com a saúde da família. Todos os agricultores pertencem a algum tipo de organização relacionada ao setor agrícola. A escolaridade média do casal de cafeicultores orgânicos é de 8,02 anos. As principais dificuldades relatadas foram o custo da certificação, a não-diferenciação do preço do café conilon orgânico do convencional, a queda da produtividade das lavouras e a falta de assistência técnica especializada em cultivo orgânico. Mais de 60% dos estabelecimentos apresentaram Índice de Herfindahl menor que 0,50. O café representa, em média, 68% da renda agrícola e contribui, em média, com 51,1% do total de receitas dos produtores de café orgânico. A escolaridade tem efeito positivo sobre a probabilidade dos agricultores aderirem à certificação do café, mas é negativa quanto à expansão da área com a cultura do café.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2015 Revista Ceres

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.