Tolerância de gemas floríferas, flores e frutos de pessegueiro a temperaturas de ocorrência de geadas

Autores

  • AMANDA DA FONSECA BORGES
  • Tiago Madruga Telesca da Silveira
  • Juliano dos Santos
  • Maria do Carmo Bassols Raseira

Resumo

Na região produtora de pêssegos do sul do Brasil, não é rara a ocorrência de geadas nos meses de julho, agosto e, em alguns anos, até setembro. Este período coincide com a floração do pessegueiro e com o início do desenvolvimento dos frutos. Com a finalidade de testar possíveis diferenças entre cultivares quanto à tolerância a baixas temperaturas foram conduzidos experimentos, em delineamento inteiramente casualizado, nos anos de 2009 e 2010. Foram testados dois fatores (genótipo e estádio da gema floral), com três repetições e 20 botões forais por parcela. Os genótipos testados foram os cultivares ‘Chimarrita’, ‘Coral’ e ‘BR-1’ e a seleção Cascata 730. Em 2010, foi acrescentado o cv. ‘Charme’. Os estádios fenológicos testados foram: o de botão prateado, botão rosado, balão e flor aberta. Ramos destacados dos genótipos a serem testados foram submetidos, por 16 horas, a temperaturas entre -2,2 e -5,5 ºC. Ramos com frutos, antes e após o endurecimento do caroço, foram testados em outro experimento. As diferenças entre genótipos foram pequenas e parecem estar mais ligadas ao pré-condicionamento das gemas. A seleção Cascata 730 mostrou ser das mais sensíveis ao frio. As gemas florais são, geralmente, menos sensíveis a temperaturas negativas (próximas a -3 °C), nos estádios de botão rosado e balão. Frutos com endocarpo macio são sensíveis a danos de frio, independentemente do genótipo. Temperaturas próximas a 2 °C negativos não causam problemas em frutos com endocarpo já endurecido.

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Publicado

2015-05-05

Como Citar

BORGES, A. D. F., Telesca da Silveira, T. M., dos Santos, J., & Bassols Raseira, M. do C. (2015). Tolerância de gemas floríferas, flores e frutos de pessegueiro a temperaturas de ocorrência de geadas. Ceres, 59(3). Recuperado de https://ojs.ceres.ufv.br/ceres/article/view/3859

Edição

Seção

FISIOLOGIA E MORFOLOGIA VEGETAL