Limiares térmicos para a germinação de conídios de Exserohilum turcicum
Palabras clave:
helmintosporiose, processo germinativo, temperaturaResumen
O milho (Zea mays L.) é cultivado em todo o Brasil e apresenta grande importância econômica, dentre as doenças que
causam redução na produtividade está a helmintosporiose. O objetivo deste trabalho foi avaliar a germinação de
conídios do agente causal da helmintosporiose, Exserohilum turcicum, em diferentes temperaturas e diferentes regimes
luminosos, para determinar os limiares térmicos inferior e superior e a temperatura ótima para a germinação. As temperaturas
avaliadas foram 0; 5; 10; 15; 20; 25; 30; 35 e 40 °C, com tempos de exposição de 3, 6, 9 e 12 horas. Após cada tempo
de exposição, determinou-se o número de conídios germinados e o comprimento do tubo germinativo. O delineamento
experimental foi inteiramente casualizado, com quatro repetições, e os dados obtidos foram submetidos à análise de
variância. Para os conídios de E. turcicum, submetidos à luz contínua, verificou-se que a maior taxa de germinação
ocorreu na temperatura de 23,3 °C, para o tempo de exposição de três horas; na de 22,3 °C, para seis horas; na de 21,8 °C,
para nove horas e, na de 21,7 °C, para 12 horas. Para o escuro contínuo, a maior taxa de germinação foi verificada na
temperatura de 24,0 °C, para o tempo de exposição de três horas, na de 22,5 °C, para seis horas; na de 21,8 °C para nove
horas e, na de 21,7 °C, para 12 horas. Os esporos de E. turcicum germinaram numa faixa de temperatura de 0 a 40 °C,
sendo a temperatura ótima de 23 °C. O escuro favoreceu a germinação dos esporos de E. turcicum.
Citas
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