Evolução do melhoramento genético de suínos no Brasil
Resumen
Os suínos foram introduzidos no Brasil pela colonização portuguesa, que proporcionou o isolamento de determinadas raças e o cruzamento de outras, dando origem ao conjunto de raças nacionais, criadas e melhoradas para produção de banha e carne, ao longo dos quatro séculos pós-descobrimento. Em meados dos anos de 1900, foram introduzidas outras raças, mais produtivas, com o propósito de melhorar as características de produção de carne, cujos genes disseminaram-se rapidamente entre os criatórios, via programas de teste, avaliação, seleção e cruzamento para o melhoramento genético de raças puras e compostas, coordenados pelas associações de criadores de suínos nacional e de alguns estados, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais. Em 1970 foi introduzido o “Teste de Progênie (TP)”, nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, controlado pelas Associações de Criadores, representando o marco inicial do melhoramento genético de suínos no Brasil. A década de 70 foi uma das que mais contribuiu para a melhoria genética de suínos no Brasil, pois além do TP, contou ainda com o incremento das integrações (associação entre produtor e indústria), grandes responsáveis pela disseminação do material genético melhorado; com a substituição de fêmeas puras por fêmeas híbridas (F1) para produção de animais para o abate; com a implantação da primeira Central de Inseminação Artificial (CIA). Em 1976 iniciou-se o Teste de Performance, em Estações Centrais (ETRS); e, em 1979, foi implantado o Teste de Performance na Granja (TG). Em 1964, a Associação Brasileira de Criadores de Suínos criou o Método Brasileiro de Classificação de Carcaças (MBCC), contribuindo para o conceito de porco tipo carne. Em 1982, a AURORA, com o apoio do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, implantou um sistema de tipificação de carcaças. As linhas macho são formadas a partir de genótipos das raças Duroc, Large White, Pietrain, Hampshire e Landrace Belga e linhas sintéticas. As linhas fêmeas são derivadas das raças brancas Landrace e Large White. Outros genótipos são utilizados em menor escala, como os das raças Duroc e Meishan, este último de origem Chinesa. Entre os genes de maior importância para a indústria suína destaca-se o gene halotano, o gene da carne ácida, e o gene imf da gordura intramuscular (IMF).Descargas
Publicado
2015-04-22
Cómo citar
FAVERO, J. A., & Figueiredo, E. A. P. de. (2015). Evolução do melhoramento genético de suínos no Brasil. Revista Ceres, 56(4). Recuperado a partir de https://ojs.ceres.ufv.br/ceres/article/view/3447
Número
Sección
GENÉTICA E MELHORAMENTO ANIMAL