Inoculação com Azospirillum, associada à adubação nitrogenada, na cultura do milho

Resumen

A fixação biológica de nitrogênio é uma alternativa para o suprimento de parte do nitrogênio necessário à cultura do milho. Com o objetivo de avaliar o desenvolvimento e produtividade do milho, em resposta à inoculação com Azospirillum brasilense, associada à adubação nitrogenada, foram conduzidos dois experimentos na safra de verão, o primeiro, no ano agrícola 2000/2001, no município de Marechal Cândido Rondon, sob plantio convencional, e, o segundo, no ano agrícola 2002/2003, no município de Cascavel, sob plantio direto. O delineamento experimental empregado foi em blocos casualizados, com quatro repetições, esquema fatorial 2x2x2, sendo dois níveis de adubação nitrogenada na semeadura (0 e 20 kg ha-1); dois níveis de inoculante (0 e 200 g ha-1) e dois níveis de nitrogênio em cobertura (0 e 100 kg ha-1). Avaliaram-se altura de inserção da espiga, altura total das plantas, teor de nitrogênio foliar, biomassa seca de parte aérea e produtividade de grãos. As alturas de inserção da espiga e total das plantas não foram influenciadas pelos fatores em estudo. A adubação nitrogenada de base proporcionou incremento no teor de nitrogênio foliar, provocando efeito inverso, quando associada à inoculação. A inoculação com Azospirillum, na ausência de adubação nitrogenada, proporcionou incrementos na produtividade de 15,4 e 7,4%, para as safras 2000/2001 e 2002/2003, respectivamente. A inoculação proporcionou produtividade semelhante àquela obtida com 100 kg ha-1 de N em cobertura, na safra 2000/ 2001, enquanto, em associação com a adubação em cobertura, reduziu a produtividade e a biomassa seca de parte aérea na safra 2002/2003.