Seletividade do herbicida metribuzin para cenoura quando pulverizado em pós-emergência

Autores

  • Núbia Maria Correia Embrapa, Brasília - DF
  • Agnaldo Donizete Ferreira de Carvalho

Palavras-chave:

Fitointoxicação, Daucus carota L., tolerância

Resumo

A escolha do tratamento químico (herbicida, associações de produtos, dosagem ou época de aplicação) deve considerar a sua seletividade para a cultura de interesse econômico. Por isso, objetivou-se estudar a seletividade do herbicida metribuzin para plantas de cenoura, em função do genótipo, dosagem do produto e estádio de desenvolvimento das plantas no momento da aplicação. O trabalho englobou a realização de dois experimentos, um em casa de vegetação e outro a campo em área de produção comercial de cenoura. Em casa de vegetação, o delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5 x 2 x 3, com quatro repetições. O metribuzin, nas dosagens 0, 72, 96, 144 e 192 g ha-1, foi pulverizado em plantas com 2-3 e 4-5 folhas verdadeiras das cultivares Maestro, BRS Planalto e Verano. A campo, foi instalado um experimento com a cultivar Maestro, no delineamento de blocos ao acaso, em esquema fatorial 2 x 5, com quatro repetições. As plantas de cenoura, em dois estádios de desenvolvimento (2 e 5 folhas verdadeiras), foram pulverizadas com cinco dosagens de metribuzin (0, 72, 96, 144 e 192 g ha-1). O herbicida metribuzin, independentemente da época de aplicação ou da dosagem testada, foi seletivo para as cultivares Maestro, BRS Brasília e Verano, não ocasionando depreciação na qualidade e na produtividade das raízes.

Biografia do Autor

Núbia Maria Correia, Embrapa, Brasília - DF

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Uberlândia (1999), mestrado em Agronomia (Fitotecnia) pela Universidade Federal de Lavras (2002) e doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Jaboticabal (2005). De 2005 a 2014 foi docente do Departamento de Fitossanidade da Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Jaboticabal. Atualmente, é pesquisadora da EMBRAPA, em Brasília - DF; e Docente do Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Produção Vegetal, da UNESP, Câmpus de Jaboticabal. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Matologia, atuando principalmente nos seguintes temas: biologia e manejo de plantas daninhas em culturas anuais e perenes e integração agricultura-pecuária para o plantio direto na região do cerrado.

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Publicado

2018-12-20

Edição

Seção

FITOSSANIDADE