Sanitização com produto à Base de Cloro e com Ozônio: Efeito Sobre Compostos Bioativos de Amora-preta (rubus fruticosus) cv. Tupy
Palavras-chave:
Bioativos, Cloro, OzônioResumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar e comparar a eficiência da sanitização de amora-preta, com diferentesconcentrações e tempos de imersão em hipoclorito de sódio e com ozônio, e avaliar a influência do processo sobre
os compostos bioativos do produto. Foram feitas análises microbiológicas e a determinação dos compostos bioativos.
Os compostos de cloro utilizados na sanitização induziram a perdas significativas dos compostos bioativos (compostos
fenólicos, antocianinas, tocoferóis, ácido ascórbico e carotenoides), presentes na amora-preta, sendo eficientes
na sanitização contra fungos, quando utilizados na concentração de 200 ppm e por 15 minutos de imersão. Já
os frutos sanitizados com ozônio apresentaram adequação aos padrões microbiológicos (fungos, coliformes totais
e termotolerantes, Escherichia coli e Salmonella spp) estabelecidos pela legislação, e não apresentaram alterações
significativas no conteúdo dos compostos bioativos, sendo que a menor concentração de ozônio presente
neste estudo apresentou maior eficácia na sanitização dos frutos, comparada com as soluções de cloro utilizadas.
Referências
Andrade NJ & Martyn MEL (1996) Limpeza e sanitização na indústria de alimentos: Viçosa, Universidade Federal de Viçosa, 39p.
Antoniolli L R, Benedeti BC, Filho MMS & Borges MF (2005) Efeito do hipoclorito de sódio sobre a microbiota de abacaxi ‘pérola’ minimamente processado. Revista Brasileira de Fruticultura, 27: 157-160.
Ayhan Z, Yeom HW & Zhang QH (2001) Flavour, colorr, and vitamin C retention of pulsed electric field processed orange juice in different packaging materials. Journal Agriculture Food Chemistry, 49: 669-674.
Brasil. Ministério da Agricultura do Abastecimento. Instrução Normativa nº 01/00, de 07/01/00. Regulamento técnico geral para fixação dos padrões de identidade e qualidade para polpa de fruta. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 jan. 2000, Seção I, p.54-58.
Brasil. Leis e Decretos, etc. Resolução RDC n.12 de janeiro de 2001. Aprova o Regulamento técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial da União, Brasília – DF, n.7-E, seção 1, p.45-53,10de janeiro de 2001
Banwart GJ (1989) Basic food microbiology. 2ªed. New York: Van Nostrand Reinhold, 774p.
Brunini MA, Durigan JF & Oliveira, AL (2002) Avaliação das alterações em polpa de manga “Tommy-Atkins” congeladas. Revista Brasileira de Fruticultura, 24: 651-653.
Costa ATS, Abreu LN & Guimarães AG (2003) Efeito do congelamento e do tempo de estocagem da polpa de acerola sobre o teor de carotenóides. Revista Brasileira de Fruticultura, 25: 56-58.
Chun J, Lee J, Ye L, Exler J & Eitenmiller R R (2006) Tocopherol and tocotrienol contents of raw and processed fruits and vegetables in the United States diet. Journal of Food Composition and Analysis 19: 96–204.
Daubeny HA (1996) Brambles. Fruit Breeding, New York: John Wiley & Sons, 190p.
Degáspari CH & Waszczynskyj N (2004) Propriedades antioxidantes de compostos fenólicos. Visão Acadêmica, 5: 33-40.
Downes FP & Ito H (2001) Compendium of methods for the microbiological examination of foods. ed. Washington: American Public Health Association (APHA), 676p.
Filho SSF & Sakagutti MI (2008) Comportamento cinético do cloro livre em meio aquoso e formação de subprodutos da desinfecção. Engenharia Sanitária e Ambiental, 13: 198-206
Hakkinem SH, Karenlampi SO & Heinonem M (1998) HPLC Method for Screening of Flavonoids and Phenolic Acids in Berries. Journal Science Food Agricultural, 77: 543-551
Lapolli FR, Santos LF, Hássemer MEN, Aisse MM & Piveli RP (2003) Desinfecção de efluentes sanitários por meio da ozonização. 169-208.
Franco BDG & Landgraf M (2003) Microbiologia de alimentos. São Paulo: Editora Atheneu, 182p.
Jacques AC (2009). Amora Preta: Compostos Bioativos e Voláteis. Tese de Doutorado Universidade Federal de Pelotas, Pelotas. 98p
Lees DH & Francis FJ (1972) Standardization of pigment analysis in Cranberries. Hortiscience, 7: 83.
Leite CC (2000) Avaliação Microbiológica de polpas congeladas de frutas produzidas no Estado da Bahia. Higiene Alimentar, 79: 69-73.
Lima JR, Martins SCS & Silva JLA (2001) Avaliação de popas de frutas congeladas comercializadas no estado do Ceará através de indicadores microbiológicos. Higiene Alimentar, 88: 62-66.
Mota RV (2006) Caracterização física e química de geleia de amora-preta. Ciência e Tecnologia Alimentos, 26:539-543.
Nascimento AR (1999) Perfil microbiológico de polpas de acerola (Malpighia glabal) e abacaxi (Ananas comosus), produzidas e comercializadas na ilha de São Luís, MA. Higiene Alimentar, 62: 44-47.
Ozkan M, Kirca A & Cemeroglu B (2004) Effects of hydrogen peroxide on the stability of ascorbic acid during storage in various fruit juices. Food Chemistry, 88:591-59.
Rodrigues-Amaya BB (2001) A guide to carotenoid analysis in foods. Washington: ILST, 64p
Rosso VV & Mercadante AZ (2005) Identification and quantification of carotenoids, by HPLC-PDA-MS/MS, from Amazonian fruits. Food Research International, 38: 1073-1077.
Shami NJIE & Moreira EAM (2004) Licopeno como agente antioxidante. Revista Nutrição, 17: 227-236.
Zambiazi RC (1997) The role of endogenous lipid components on vegetabl e oil stability. Tese de Doutorado. University of Manitoba Winnipeg, Manitoba, Canada, 304p.