Porta-enxertos resistentes a Meloidogyne incognita e compatibilidade de enxertia de melão rendilhado

Abstract

Devido aos poucos estudos realizados com enxertias em melão rendilhado, visando um maior controle de patógenos do solo, este trabalho teve por objetivo avaliar 16 genótipos de cucurbitáceas quanto à resistência a Meloidogyne incognita e a compatibilidade da enxertia do melão rendilhado. Foram avaliados 16 acessos de cucurbitáceas: Benincasa hispida, Bucha, Abóbora ‘Jacarezinho’, Abóbora ‘Menina Brasileira’, Moranga ‘Exposição’, Moranga ‘Coroa’, Abóbora ‘Canhão Seca’, Abóbora ‘Squash’, Mogango ‘Enrrugado Verde’, Abóbora ‘Mini Paulista’, Abóbora ‘Goianinha’, Melancia ‘Charleston Gray’, Melão ‘Rendondo Gaúcho’, Melão ‘Redondo Amarelo’, Pepino ‘Caipira HS’ e Pepino ‘Caipira Rubi’, quanto à resistência ao nematóide M. incognita, com base no fator de reprodução (FR), segundo Oostenbrink (1966). Para avaliação da resistência, as mudas foram transplantadas para vasos de cerâmica e foram aplicados 300 ovos ou juvenis de segundo estádio/mL de M. incognita, num total de 10 mL por vaso.Aos 50 dias após o transplantio, as plantas foram removidas dos vasos e realizou-se a avaliação da resistência. Para a compatibilidade entre os porta-enxertos resistentes e enxerto de melão rendilhado, foram realizadas enxertias do tipo garfagem fenda simples, em híbrido comercial de melão rendilhado de grande aceitação comercial e suscetíveil a M. incognita (Bônus N° 2). Os genótipos Bucha, Abóbora ‘Goianinha’, Abóbora ‘Mini-Paulista’, Melão ‘Redondo Amarelo’, Melancia ‘Charleston Gray’, foram resistentes ao nematóide M. incognita. As melhores compatibilidades ocorreram com os porta-enxertos Melão ‘Amarelo’, o qual teve 100% de pegamento, seguido da Abóbora ‘Mini-Paulista’ com 94%. Já Bucha, Melancia ‘Charleston Gray’ e Abóbora ‘Goianinha’, tiveram baixas porcentagens de pegamento: 66%, 62% e 50% respectivamente.