Volatilização de amônia do solo após doses de ureia com inibidores de urease e de nitrificação na cultura do abacaxi
Abstract
Os inibidores de urease N-(n-butil) tiofosfóricotriamida (NBPT) e nitrificação dicianodiamida (DCD) minimizam as
perdas de nitrogênio (N) pela volatilização da amônia (NH3), por redução da velocidade de hidrólise da ureia e conversão
de amônio em nitrato, respectivamente. O objetivo deste estudo foi avaliar as perdas de N do solo por volatilização, após
a adição de doses de N, na forma de ureia combinada com inibidores de urease e de nitrificação, no semiárido mineiro.
Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados, com três repetições, em esquema fatorial 4 x 5 x 7, constituídos por:
quatro combinações de ureia com inibidores (ureia comum; ureia + NBPT; ureia + DCD e, ureia + NBPT + DCD), cinco
doses de N (0,0; 3,7; 7,4; 11,1 e 14,8 g/planta) e sete tempos de avaliação (3, 6, 9, 12, 15, 18 e 21 dias) após a aplicação, em
cobertura, no cultivo de abacaxi irrigado. Foram avaliadas as perdas de amônia e o pH em torno do grânulo de ureia. O
inibidor de urease (ureia + NBPT) foi mais eficiente nas menores doses de nitrogênio, além de reduzir e atrasar os períodos
de volatilização de N-NH3 e também diminuir o pH do solo, por causa, provavelmente da maior nitrificação e, ou, do
aumento da taxa de decomposição da matéria orgânica do solo (MOS), pela maior disponibilidade de N em comparação
aos tratamentos com ureia e ureia + DCD. O aumento das doses de nitrogênio reduziu as perdas relativas de N por
volatilização, graças à maior saturação dos sítios de ação da enzima urease.