Morfoanatomia foliar de azevém no sub-bosque de espécies arbóreas em sistemas agroflorestais
Resumen
A verificação das modificações que ocorrem na planta, em função da aclimatação ao sombreamento, auxilia na
seleção de espécies forrageiras adequadas para o uso em sistemas agroflorestais. O objetivo deste estudo foi avaliar a
morfoanatomia foliar de azevém (Lolium multiflorum Lam.), no sub-bosque de espécies arbóreas em sistemas agroflorestais.
O experimento foi conduzido no município de Frederico Westphalen, RS, entre junho e setembro de 2012, em delineamento
experimental de blocos ao acaso. O azevém anual foi semeado em três ambientes: radiação solar plena, sub-bosque de
angico-vermelho (Parapiptadenia rigida Benth.) e canafístula (Peltophorum dubium Spr. Taubert), com três repetições.
As espécies florestais foram distribuídas em cinco renques, separados por 6,0 m cada. Foram avaliadas as seguintes
variáveis: radiação fotossinteticamente ativa incidente (RFAi), transmissividade da RFAi, área foliar específica, espessura
do mesofilo foliar, espessura da parede periclinal externa mais cutícula, tamanho do estômato e densidade estomática. A
presença das espécies florestais provoca alterações nas condições luminosas do ambiente de produção do azevém e
ocasiona ajustes nas folhas dessa espécie, os quais resultam no aumento da área foliar específica, na diminuição do
mesofilo e na espessura da parede periclinal externa mais cutícula, bem como no aumento da quantidade e tamanho dos
estômatos. Esses ajustes resultam da capacidade de aclimatação do azevém, que nas condições de baixa luminosidade,
altera sua morfologia em busca de radiação solar e aumenta a área fotossintética.