Identificação de plântulas zigóticas e nucelares oriundas de sementes de mangueira ‘Ubá’ por meio de marcadores ISSR
Resumo
Sementes poliembriônicas são caracterizadas pelo desenvolvimento de mais de um embrião na mesma semente, que podem ser zigóticos ou nucelares. Neste trabalho, objetivou-se identificar a origem genética, se zigótica ou nucelar, de plântulas oriundas de sementes poliembriônicas de mangueira ‘Ubá’, utilizando-se marcadores moleculares ISSR, relacionando-a com o vigor das plântulas. Para isto, coletaram-se mangas, em Visconde do Rio Branco (acesso 102) e Ubá (acessos 112, 138, 152 e 159), das quais as sementes foram germinadas, em bandejas plásticas, com areia lavada. Cinquenta dias após a semeadura foram analisadas plântulas de cinco sementes, de cada um dos acessos 102, 112, 138 e 159 e de 10 sementes do acesso 152. As plântulas foram caracterizadas e avaliadas quanto à altura, à circunferência do caule e à massa fresca da parte aérea e considerou-se a plântula mais vigorosa aquela que apresentasse pelo menos duas destas medidas superiores às das demais plântulas da semente. Folhas foram coletadas para extração de DNA genômico, que foi amplificado com sete primers ISSR, previamente selecionados com base no perfil de amplificação e considerando-se o número e a resolução dos fragmentos. Observou-se a presença de plântulas zigóticas em 18 sementes, que foram as mais vigorosas em seis sementes. Isso evidencia a existência de variabilidade em pomares que utilizam mudas oriundas de sementes, pois o produtor rural normalmente utiliza a plântula mais vigorosa, considerando que esta seja de origem nucelar. Esses resultados indicam que a plântula mais vigorosa nem sempre é a nucelar, pois, em 20 % das sementes avaliadas, a plântula zigótica foi a mais vigorosa.Downloads
Publicado
2015-05-11
Como Citar
ROCHA, A., Salomão, T. M. F., de Siqueira, D. L., Cruz, C. D., & Salomão, L. C. C. (2015). Identificação de plântulas zigóticas e nucelares oriundas de sementes de mangueira ‘Ubá’ por meio de marcadores ISSR. Revista Ceres, 61(5). Recuperado de https://ojs.ceres.ufv.br/ceres/article/view/4150
Edição
Seção
BIOTECNOLOGIA VEGETAL