Desenvolvimento de manga ‘Ubá’ em Visconde do Rio Branco-MG

Autores

  • DANIELLE FABÍOLA PEREIRA DA SILVA UFG
  • Luiz Carlos Chamhum Salomão
  • Moab Acácio Barbosa
  • Karminne Dias do Valle

Palavras-chave:

Mangifera indica L, curva de crescimento, ponto de colheita

Resumo

Vários critérios têm sido utilizados na determinação da maturidade de frutos, baseados na aparência e na composição química do produto na época da colheita. Objetivou-se avaliar as mudanças físicas, químicas e fisiológicas ocorridas durante o desenvolvimento da manga ‘Ubá’, visando estabelecer as fases de desenvolvimento do fruto para o completo. O experimento foi desenvolvido em pomar com cerca de 30 anos de idade em Visconde do Rio Branco, MG (latitude de 21º00’37”S, longitude de 42º50’26”O e altitude de 352m). Semanalmente, desde a antese até o completo amadurecimento na planta, foram coletados 25 frutos de 15 mangueiras. As amostragens ocorreram de agosto de 2007 ajaneiro de 2008. As características avaliadas foram: comprimento, menor e maior diâmetro; produção de CO2; parâmetros de cor L*, a* e b* da casca e da polpa; massa fresca e seca (fruto, casca, polpa e semente); extravasamento de solutos; consistência da polpa; sólidos solúveis (SS); acidez titulável (AT); ratio (razão SS/AT); vitamina C; carotenóides, amido e açúcares solúveis. O desenvolvimento da manga ‘Ubá’ estendeu-se por 23 semanas.  O padrão de desenvolvimento ajustou-se a um modelo sigmoidal simples.  O climatérico respiratório dos frutos ligados à planta foi atingido entre a 20a e a 21a semana após a antese (SAA). 

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Publicado

2018-12-20

Edição

Seção

PRODUÇÃO VEGETAL