Crescimento e produção da bananeira (Musa spp. AAB) `Prata-Anã´ oriunda de rizoma e micropropagada
Palavras-chave:
Musa spp., Rizoma, MicropropagaçãoResumo
O Brasil é o sexto maior produtor mundial de banana, entretanto as práticas tradicionais de propagação da bananeira deixam a desejar quando se pretende implantar um bananal uniforme, com alto potencial produtivo e livre de patógenos. Exte experimento teve por objetivo avaliar o crescimento vegetativo e a produção de bananeiras ‘Prata-Anã’ oriundas de mudas convencionais (rizoma inteiro) de diferentes tamanhos (até 1000g; 1001 a 2000g; 2001 a 3000g; 3001 a 4000g; 4001 a 5000g; mais de 5000g) e de micropropagação in vitro, durante o primeiro e o segundo ciclos de produção. As plantas originadas de rizomas de peso inferior a 1000g, entre 1001 e 2000g e micropropagadas resultaram em plantas com maior vigor vegetativo, no primeiro ciclo. No segundo ciclo o número de folhas, a altura e o diâmetro do pseudocaule tendem a se igualar para as diferentes classes de mudas avaliadas. No primeiro ciclo de produção os períodos entre o plantio e a antese floral e entre o plantio e a colheita foram inversamente proporcionais ao tamanho das mudas convencionais; as mudas micropropagadas foram semelhantes às mudas convencionais de maior peso. Não houve diferença para o número de pencas, número de frutos e peso do cacho entre as diferentes classes de mudas. As diferenças entre o tempo decorrido do plantio até a floração e até a colheita entre as diferentes classes de muda tendem a desaparecer do primeiro para o segundo ciclo. Dessa forma, a propagação da bananeira com mudas de peso inferior a 2000g ou micropropagadas é preferível, entretanto é possível a utilização de qualquer tipo de muda, plantadas em talhões diferentes de acordo com o tamanho.Referências
FAOSTAT – Food And Agriculture Organization of the United Nations Statistics (2014) Disponível em: http://faostat.fao.org/. Acessado em: 10 de maio de 2014.
Moreira RS (1987) Banana: Teoria e prática de cultivo. Campinas, Fundação Cargill, 335 p.
Nomura ED, Damatto Junior ER, Fuzitani EJ, Amorim EP, Silva SO (2013) Avaliação agronômica de genótipos de bananeiras em condições subtropicais, vale do ribeira, são paulo – brasil. Revista Brasileira de Fruticultura, 35: 112-122.
Pereira MCT, Salomão LCC, Silva SO, Sediyama CS, Couto FAD, Neto SPS (2000) Crescimento e produção de primeiro ciclo da bananeira ‘Prata-anã’ (AAB) em sete espaçamentos. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 35:1377-1387.
Ramos RS, Motoike SY, Moura EF, Gomes SBS, Rodrigues VF, Oliveira MAR (2009) Efeito da uréia no alongamento e enraizamento de microplantas de bananeira in vitro. Ciência e Agrotecnologia, 33:1842 -18469.
Rodrigues JAS, Manica I (1979) Efeito da seleção de preparo de muda do desenvolvimento e produção da bananeira (Musa sp.) c.v. “Prata”. In: V Congresso Brasileiro de Fruticultura, 1, Pelotas - RS, 1977. Anais. Pelotas, SBF, 1979. p.81-85.
Rodrigues MGV, Donato SLR, Dias MSC, Silva JTA, Reis JBRS (2011) Banana. Informe Agropecuário, 32:35-48.
Scandelai LHM, Leonel S, Apponi LM, (2006) Agronomic characteristics of ´Prata-anã´ and Maçã´ bananas micropropagated. Revista Brasileira de Fruticultura, 28:148-150, 2006.
Scarpare Filho JÁ, Minami K, Kluge RA, Tessarioli Neto J (1998) Estudo do primeiro ciclo produtivo da bananeira 'Nanicão' (Musa sp.) desenvolvida a partir de diferentes tipos de muda. Scientia agrícola. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-90161998000100015&script=sci_arttext
Acessado em: 21 de agosto de 2014.
Teixeira LAJ, Neto JEB (2011) Comportamento agronômico de bananeira ‘Prata-anã’ em função do tipo de muda. Revista Brasileira de Fruticultura, 33:89-95.
