Ecofisiologia de acessos de alho 'Amarante'

Autores

  • Nelson Licínio Campos Oliveira IFNMG
  • Mário Puiatti UFV
  • Fernando Luis Finger UFV
  • Paulo Cezar Rezende Fontes UFV
  • Paulo Roberto Cecon UFV
  • Rodrigo Amato Moreira IFNMG

Palavras-chave:

Allium sativum, análise de crescimento, produtividade

Resumo

O alho, embora seja importante hortaliça condimentar em todo o mundo, existe pouca informação relativa à ecofisiologia da espécie. O trabalho teve por objetivo avaliar características morfofisiológicas e produtivas de 20 acessos de alho ‘Amarante’do Banco de Germoplasma de Hortaliças da Universidade Federal de Viçosa (BGH/UFV).  O experimento foi conduzido a campo, no delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições. Durante o ciclo, foram avaliadas as características morfológicas das plantas, intensidade da cor verde, análise de crescimento, índice de colheita e produtividade de bulbos. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, e as médias agrupadas pelo critério de Skott-Knott e estimado o coeficiente de correlação de Pearson entre características morfofisiológicas e produtividade de bulbo. Os acessos apresentaram comportamento diferencial durante as avaliações. Dentre esses, o BGH 7616 destacou-se por apresentar maiores área foliar, índice de colheita, massas de matéria seca de folhas, pseudocaule, bulbo e da planta inteira, resultando maiores produtividade total e comercial de bulbos. Maiores correlações foram encontradas entre produtividade total e duração de área foliar (r = 0,7263; p<0,01) no período de87 a114 dias após o plantio (DAP) e entre produtividade total e área foliar aos 87 DAP (r = 0,6442; p<0,01). Dentre todas as características avaliadas, a área foliar aos 87 DAP e a duração da área foliar no período de87 a114 DAP, foram as características morfofisiológicas que mais influenciaram a produtividade de bulbos de acessos de alho ‘Amarante’.

Referências

Agrianual (2017) Anuário da Agricultura Brasileira. IEG/FNP: São Paulo.

Albuquerque JRA, Monteiro HNB, Bezerra AAC, Matos Filho CHA, Lopes

ACA & Gomes RLF (2017) Agromorphological performance of garlic landraces in Piauí, Brazil. Ciência Rural, 47:e20160017.

Blank AF, Pereira AJ, Souza RJ & Arrigoni-Blank MF (1998) Competição de cultivares de alho vernalizado visando maior produção quantitativa e qualitativa para a região de Lavras (MG). Ciência e Agrotecnologia, 22:5-12.

El-Sharkawy MA (2006a) . International research on cassava photosynthesis, productivity, ecophysiology, and responses to environmental stresses in the tropics. Photosynthetica, 44: 481-512.

El-Sharkawy MA (2006b) Utility of basic research in plant/crop physiology in relation to crop improvement: a review and a personal account. Brazilian Journal of Plant Physiology, 18:419-446.

Haque MS, Sattar MA & Pramanik MHR (2002) Dry matter accumulation and partitioning and growth of garlic as influenced by land configuration and cultivars. Pakistan Journal of Biological Sciences, 10:1028-1031.

Isla R, Aragüés R & Royo A (1998) Validity of various physiological traits as screening criteria for salt tolerance in barley. Field Crops Research, 58:97-107.

Jackson P, Robertson M, Cooper M & Hammerc G (1996) The role of physiological understanding in plant breeding; from a breeding perspective. Field Crops Research, 49: 11-39.

Jarrel WM & Beverly RB (1981) The dilution effect in plant nutrition studies. In: BRADY NC (ed). Adv. Agron. 34, 197-224. https://doi.org/10.1016/S0065-2113(08)60887-1.

Kim S, Jeong JH & Nackley LL (2013) Photosynthetic and Transpiration Responses to Light, CO2, Temperature and Leaf Senescence in Garlic: Analysis and Modeling. Journal of the American Society for Horticultural Science, 138:149-156.

Lopes WAR, Negreiros MZ, Morais PLD, Soares AM, Lucena RRM, Silva OMP & Grangeiro LC (2016a) Caracterização físico-química de bulbos de alho submetido a períodos de vernalização e épocas de plantio. Horticultura Brasileira, 34:231-238.

Lopes WAR, Negreiros MZ, Resende FV, Lucena RRM, Soares AM, Silva OMP & Medeiros JF (2016b) Produção de alho submetido a períodos de vernalização e épocas de plantio em região de clima semiárido. Hortic. Bras. 34, 249-256.

Marcelis LFM, Heuvelinkb E & Goudriaanc J (1998) Modelling biomass production and yield of horticultural crops: a review. Scientia Horticulturae, 74:83-111.

Muro J, Irigoyen I, Lamsfus C & Militino AF (2000) Effect of defoliation on garlic yield. Scientia Horticulturae, 86:161-167.

Oliveira FL, Doria H, Teodoro RB & Resende FV (2010) Características agronômicas de cultivares de alho em Diamantina. Horticultura Brasileira. 28: 355-359.

Resende JTV, Morales RGF, Zanin DS, Resende FV, Paula JT, Dias DM &

Galvão AG (2013) Caracterização morfológica, produtividade e rendimento comercial de cultivares de alho. Horticultura Brasileira, 31:157-162.

Richards RA (1996) Defining selection criteria to improve yield under drought. Plant Growth Regulation, 20:157-166.

Richards RA (2000) Selectable traits to increase crop photosynthesis and yield of grain crops. Journal of Experimental Botany, 51: 447- 458..

Silva EC, Souza RJ & Santos VS (2000) Efeitos do tempo de frigorificação em cultivares de alho (Allium sativum L.) provenientes de cultura de meristemas. Ciência e Agrotecnologia, 24:939-946.

Stahlschmidt O, Cavagnaro JB & Borgo R (1993) Influencia del área foliar y la partición de asimilados en tres cultivares de ajo. Actas XX Reunión Argenta Fisiol. Vegetal. 194-195.

Stahlschmidt OM & Cavagnaro JB (1997) Aspectos ecofisiologicos del cultivo de ajo. In: Stahlschmidt, O. M.; Cavagnaro, J. B.. 50 Temas sobre produccíon de ajo. La consulta, Mendoza:Argentine, p.33.

Steenbjerg F, Jakobsen ST (1963) Plant nutrition and yield curves. Soil Science, 95: 69-88.

Viana JPG, Pires, CJ, Pinheiro JB, Valente SE., Lopes ACA & Gomes RLF (2016) Divergência genética em germoplasma de alho. Ciência Rural, 46: 203-209.

Publicado

2018-12-20

Edição

Seção

FISIOLOGIA E MORFOLOGIA APLICADAS À AGRICULTURA