Ocorrência de carbamato de etila em cachaças de alambique e em aguardentes industriais
Resumo
Este trabalho teve como objetivo verificar a ocorrência de carbamato de etila, o grau alcoólico e a acidez volátil em cachaças e aguardentes de cana. As amostras foram obtidas de fabricantes de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Ceará, de sistema de produção em destilador de cobre ou coluna de aço inoxidável, e de estabelecimentos registrados ou não. As análises de acidez volátil e de grau alcoólico foram realizadas conforme metodologia descrita pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Os teores de carbamato de etila foram determinados pelo método de padronização externa, em sistema de cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa (CG/ EM), utilizando-se o modo MSI (Monitoramento Seletivo de Íons) para a quantificação. Os valores obtidos para o grau alcoólico variaram de 32,4 a 49,2 oGL, sendo o teor médio de 40, 4 oGL. Observou-se que 17 (22,7%) das bebidas apresentaram o grau alcoólico abaixo de 38 oGL, que representa o valor mínimo imposto pela legislação vigente. Somente uma cachaça apresentou o grau alcoólico acima de 48 oGL, limite máximo para esta bebida. Dentre as bebidas analisadas, 24 (32%) apresentaram acidez volátil acima do limite máximo. Os valores obtidos das 75 bebidas para o carbamato de etila variaram de 20 a 948 µg/L, apresentando um teor médio de 378, 25 µg/L. Somente 10 das 75 bebidas apresentaram teores de carbamato de etila abaixo de 150 µg/L, que é o limite máximo permitido pela Instrução Normativa n o 13 de 21 de junho de 2005.Downloads
Publicado
2015-05-11
Como Citar
LELIS, V. G., Paes Chaves, J. B., de Lima Dutra, M. B., Reis, R. S., & Lessa, J. B. (2015). Ocorrência de carbamato de etila em cachaças de alambique e em aguardentes industriais. Revista Ceres, 61(4). Recuperado de https://ojs.ceres.ufv.br/ceres/article/view/4197
Edição
Seção
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS